O Novo Bahêa!

Bom dia caros leitores,

Decidi escrever esse texto para você torcedor brasileiro, amante do futebol e antenado com a gestão dos grandes clubes brasileiros. Venho, através dessa resenha, apresentar um novo Esporte Clube Bahia, conhecido ainda por poucos nas cinco regiões brasileiras, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Um Bahia com planejamento que não está na série A só para cumprir tabela ou disputar o não rebaixamento.

Muito incomodou os torcedores baianos a opinião dos críticos que dão o Bahia como candidato certo para o rebaixamento deste ano.  Até entendo que o fato do Bahia estar voltando para a série A agora tenha influenciado nesse julgamento. Mas acho pertinente apresentar o novo Bahia, bem diferente daquele de até três anos atrás, que fez sua torcida se sentir humilhada e desconfiante.

Por muitos anos, nos acostumamos com o amadorismo dos dirigentes do futebol baiano. A falta de um planejamento de qualidade nos deixava sempre com a luz vermelha acesa. Assim vimos o Bahia e o Vitória caírem para a série C em 2005. Como ficou triste o futebol baiano. Em 2007, o Bahia ascendeu à série B, mas muito mais porque a qualidade técnica dos nossos jogadores era muito superior, do que pelo planejamento, e não tínhamos como ficar na terceira divisão. O Vitória já houvera subido um ano antes.

Em 2009, assume a presidência o Marcelinho Guimarães, filho do ex-presidente Marcelo Guimarães. Como deputado, fez o discurso político e prometeu muitas coisas. Mas claro, político é sempre político e temos que ter os pés atrás. Ingênuos aqueles que pensaram que o Bahia seria um Barcelona em pouco tempo. Mas, indiscutivelmente, muitas coisas precisamos enaltecer nessa gestão.

Presidente Marcelinho Guimarães

O novo presidente visitou grandes clubes brasileiros, como o Corinthians e o Internacional. Por lá, conheceu os novos conceitos de gestão do futebol, as estruturas internas dos clubes, como academias, sala de fisiologia, estrutura de recuperação de atletas, hotelaria, qualidade de gramados, etc. Ainda que aos poucos, pela falta de grana, houve um investimento nesse crescimento do Esporte Clube Bahia.

A primeira preocupação era voltar a dar ao Fazendão a estrutura de um bom centro de treinamento. Assim, dois campos foram recuperados, com gramados de qualidade e de primeira linha. Assim também, foram inauguradas a nova academia e a nova sala de fisiologia. O tricolor passou a pensar também como uma instituição organizada e colocou cada funcionário do clube com sua função de especialidade. Assim, o Bahia passou a ter, de fato, um diretor de futebol, outro de marketing, outro financeiro, e assim por diante. “Organização na gestão”, assim podemos definir o Bahia de hoje.

O presidente também foi ousado ao anunciar que investiria alto na série B. Ele sabia que a subida para a série A era um investimento. O rendimento do clube aumenta muito, os investidores se sentem atraídos pela marca do clube e as perspectivas se ampliam. Assim fez. E mesmo na série B, o Bahia foi uma das marcas mais vendidas em 2010.

De volta à série A, o clube fez uma parceria importantíssima com um de seus patrocinadores oficiais e anunciou a construção do novo Centro de Treinamento, que será entregue em 2013, quando a primeira etapa do projeto se concluir. Uma super estrutura, com oito campos de futebol, museu, hotelaria para profissionais e divisão de base, piscina de lazer, piscina de recuperação de atletas, campo de areia, e tudo que um CT de responsabilidade tem direito.

O novo Centro de Treinamentos "Cidade Tricolor"

O Bahia saiu da apatia e passou a pensar grande, temos que reconhecer. Isso vem se refletindo em campo, obviamente. Não que o Bahia tenha voltado a conquistar títulos importantes, mas porque o clube passou a ser atrativo para jogadores e empresários. Grandes nomes voltam a vestir a camisa tricolor. Boas contratações são anunciadas, como Jobson, Lulinha, Ricardinho, Carlos Alberto, dentre outros. O tricolor volta a pensar em futuro.

Enganam-se aqueles que pensam que o Bahia não é grande, que chamam o Bahia de coitado ou dão o time como rebaixado. A certeza que tenho é que todos vão se surpreender. Daqui a dois anos, quando os resultados desses investimentos deverão aparecer pra valer, vocês lembrarão o que eu escrevi. Não morro de amores pelo então presidente Marcelinho Guimarães, aliás, ele tem sido meu alvo constantemente. Continuo aguardando as eleições diretas para torcedores sócios até hoje. E essa foi a sua principal promessa.

Esse é o novo Esporte Clube Bahia. Espero que vocês tenham o prazer em conhecê-lo e passem a vê-lo de outra forma. O Bahia que caiu pelas divisões foi outro, bem diferente do Bahia atual.

Por Vinícius Brandão