Retrospectiva 2010

TORCIDA DE OURO 2010

Amigos tricolores, o ano de 2010 terminou e dessa vez cheio de alegrias para todos nós. Pudemos torcer e acompanhar o acesso do Bahia para a série A de 2011, quebrando uma agonia que já durava 7 anos e, ainda de quebra, assistimos o nosso rival ocupar a vaga que deixamos à disposição na série B.

Mas nem todo ano de 2010 foi de alegria. Começamos o Campeonato Baiano com a responsabilidade de quebrarmos um jejum de títulos que já duram 8 anos. Goleamos nas duas primeiras partidas e empolgamos, mas logo na 3ª rodada perdemos para o nosso maior rival e perdemos o ritmo da música. Empatamos com o Madre de Deus em Pituaçu e logo em seguida fomos goleados pelo Bahia de Feira, também diante da nossa torcida. Somente nos jogos da volta reagimos. Vencemos o Vitória e atropelamos nossos adversários, chegando às fases finais. Nas quartas de final, despachamos Fluminense de feira, Feirense e Camaçari. Chegamos à semi-final contra o Bahia de Feira e levamos a melhor. Mas na final, mais uma vez, perdemos em Pituaçu e tivemos que jogar no Barradão, precisando vencer o jogo com dois gols de diferença. Até vencemos, por 2 a 1, mas o Vitorinha ficou com o título.

Na Copa do Brasil, passamos da primeira fase ao vencermos o Vitória-ES dentro do reduto adversário. Na segunda fase, engasgamos diante do Atlético-GO e fomos eliminados. Não deu nem para empolgar. Restava a série B, para que pudéssemos alcançar o principal objetivo do ano, de retornar para a elite do futebol brasileiro. A chegada do diretor de futebol Paulo Angione logo mostrara que o Bahia entraria para brigar. Contratações importantes foram realizadas, como Morais, Jael, Jancarlos, Bruno Octávio, dentre outros. Jogadores esses que se tornaram peças fundamentais para a grande campanha do tricolor de aço na série B.

Começamos arrasadores na competição nacional. Vencemos o América-RN, viramos em cima do Ipatinga em Minas, empatamos com a Ponte Preta em Pituaçu, mas goleamos o Vila Nova no Serra Dourada e ganhamos do Sport. Terminamos a quinta rodada na liderança. Dois tropeços contra o Icasa e o Duque de Caxias trouxeram preocupações e o recesso da Copa do Mundo deixou interrogações. Entre a 8ª e a 11ª rodada, o tricolor conheceu a maior distância que obteve do G4 em 2010, quando rondou entre a nona e a décima colocação. Logo depois, venceu o ASA fora e o Paraná em casa. Voltamos a respirar e a almejar o G4. Renato Gaúcho, então técnico do tricolor, foi embora para o Sul. Assumiu o tranqüilo técnico Márcio Araújo. Tropeçamos nas sua estréia, contra o Coritiba, e contra o Brasiliense. Mas dois triunfos maiúsculos contra o América-MG em Pituaçu e contra a Portuguesa no Canindé, colocaram o tricolor dentro da zona de classificação, de uma vez por todas. Zona essa que não saímos mais.

No returno, emplacamos 4 triunfos em cinco jogos. Dois jogos inesquecíveis: as viradas fora de casa diante da Ponte Preta e do Sport recife. Aliás, nesse jogo contra o Sport, na Ilha do Retiro, o Bahia jogou sem metade do time titular. Apesar do tropeço em Pituaçu contra o Icasa, o tricolor seguiu firme e atropelando seus adversários. Conseguimos uma seqüência de vitórias dentro de Pituaçu, o que não tinha acontecido no primeiro turno. Vencemos o Guaratinguetá, goleamos o Náutico e o ASA. Dois desfalques preocuparam muito, Perdemos o lateral Jancarlos, por contusão, o mesmo acontecendo com Bruno Octávio. Mas continuamos guerreiros. Ao ganharmos do Paraná fora de casa, demos um passo gigantesco para o acesso. O empate contra o Coritiba, que mais tarde viria a conquistar o título da série B, não desanimou. Saímos para vencer o América-MG, adversária direta na briga pelo G4 e voltamos à Salvador com pinta de série A. Bastava um triunfo diante da Lusa e nossa vaga estaria garantida.

O Jogo do Ano: Um jogo que vai ficar para sempre na memória de todos os tricolores. O jogo de Adriano, Jael, Nem, Alisson, Ávine, Omar, Morais, Ananias, Fábio Bahia, Marcone e Helder. Os guerreiros que levaram o tricolor para a série A junto com os demais do elenco. O Bahia venceu a Portuguesa de Desportos, por 3 a 0. Pituaçu balançou e os tricolores comemoraram com emoção. Ávine derramou lágrimas com a sensação de dever cumprido, uma vez que ele ergueu o tricolor da série C para a série A. A cidade acordou, cantou e a madrugada virou carnaval. O sucesso de 2010 foi garantido e respiramos aliviados.

Falando em sucessos, está provado que a nação tricolor é a mais apaixonada. O reconhecimento da CBF que elegeu os tricolores baianos como a "Torcida de Ouro" foi um ponto final para qualquer dúvida que pudesse pairar no ar. Nosso hino tocou para todos ouvirem em pleno Teatro Municipal no Rio de Janeiro. Hino esse que, desde o dia 13/11, quando o Bahia carimbou seu retorno à série A, não pára de tocar em Salvador e, tenho certeza, em todos os cantos onde possam existir tricolores.

Que o ano de 2011 seja ainda melhor. Que possamos voltar a conquistar um título, que possamos fazer bonito na série A e que possamos, mais uma vez, ter a torcida de ouro do país. Vamos Avante Esquadrão. Bora Bahêa minha Pohha!