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Fernando Schmidit tem um desafio: Fortalecer o futebol em meio às dívidas |
O Esporte Clube Bahia vive um
verdadeiro paradoxo na sua “vida futebolística”. Como um time de massa, tem uma
torcida apaixonada e exigente, que cobra bons resultados e sucessos nas
competições que disputa. Por outro lado, é um clube com altas dívidas e poucas
receitas, sem condições imediatas de grandes intervenções e mudança drástica no
panorama de seu futebol. Então, de que maneira essa situação seria resolvida?
Com toda certeza, essa deve ser a
principal preocupação do presidente tricolor, Fernando Schmidit. Ter que
encarar o torcedor chateado pela sequência de maus resultados acumulados pelo
time profissional no campeonato brasileiro, em um contexto onde o clube nem se
quer tem um patrocinador máster para o seu uniforme é difícil e quase que
desesperador.
Uma matéria
veiculada no programa Redação SporTV revelou que o Esporte Clube Bahia deve
mais de 110 milhões de reais em tributos, sendo o nono clube mais devedor do
Brasil (matéria no link: http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2014/07/clubes-cariocas-sao-donos-das-maiores-dividas-revela-pesquisa.html).
Soma-se a isso, o fato de que o clube não tem uma grande receita além das cotas
da televisão e está, no momento, sem um patrocinador máster, que seria a
segunda maior fonte de renda do clube. E se a situação não é pior, é porque o
tricolor conta com a receita mensal de R$ 750 mil reais da Arena Fonte Nova e
de pouco mais de R$ 600 mil reais proporcionados pelos mais de 16 mil sócio-torcedores
que estão em dias nas suas mensalidades.
Como se não
bastassem as grandes dívidas e as poucas receitas, o clube não possui algumas
certidões negativas, o que seria fundamental para busca de novos patrocinadores
e apoio financeiro. Para resolver a situação, o Bahia deveria sanar algumas
dívidas e garantir a negociação de outras, a fim de ter a negativação das
certidões que limpam o seu nome para novas transações. Daí surge o grande
desafio: como contratar um técnico de peso, organizar a gestão do futebol e
garantir grandes jogadores em um contexto financeiro tão adverso?
Resumindo-se:
em meio a toda conjuntura, o Bahia é um clube de massa vivendo com receita de
clube pequeno e sem dinheiro imediato para grandes intervenções ou projetos que
possam estabelecer um resultado efetivo em curto prazo. Tarefa ou desafio que está nas mãos do
presidente Schmidit e sob supervisão dos torcedores e da imprensa esportiva.
Seja lá o que
for feito, o que parece óbvio é que as intervenções não poderão conduzir o Bahia
a nada melhor do que a sua manutenção na série A para o ano 2015, o que já não
será nada fácil. Associado a isso, o clube precisa de uma estratégia que possa
aumentar a sua receita, e ainda fortalecer a associação do seu torcedor para
que este também participe mais efetivamente da vida financeira do clube.
E mais,
torcedor: não adianta atribuir a culpa da situação atual à nova diretoria. Sem
tomar partido de A ou B, é muito claro que essa situação não foi construída
agora e sim é reflexo de anos de administração. Sei que já sofremos e esperamos
muito, mas teremos que continuar a ter paciência.