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Titi, como sempre, foi símbolo de raça no time tricolor |
A estréia do tricolor da capital baiana no estadual não foi das melhores. No dia 09 de Fevereiro, o Bahia estreou com uma derrota diante do Galícia em plena Arena Fonte Nova, pelo placar de 2 a 1. O time de Marquinhos Santos foi amplamente criticado, até porque já vinha de uma eliminação precoce no Campeonato do Nordeste, quando saiu na primeira fase.
Somente a partir da segunda rodada, o esquadrão começou a
construir a seqüência ininterrupta de bons resultados. Primeiro venceu o
Jacuipense e depois, nas terceira e quarta rodadas, empatou com Vitória da
Conquista e com o Vitória de Salvador. Àquela
altura, as críticas ainda eram grandes, o Bahia apresentava um futebol
instável, de muita marcação e pouca ofensividade. Tanto que o tricolor não tinha um ataque
muito positivo, embora marcasse gol em todas as partidas.
A partir de 05 de março, o título de Campeão Baiano começou
a ser construído. Da quinta a oitava rodada, o tricolor emplacou uma sequência
de quatro triunfos consecutivos, sobre o Galícia, Jacuipense, Vitória da Conquista
e Vitória de Salvador. Nas duas últimas partidas que antecederam as semifinais, o
esquadrão finalmente conseguiu arrancar críticas positivas do torcedor e da
imprensa. O poder de reação após sair perdendo contra o Vitória da Conquista na
sétima rodada e, uma rodada depois, a neutralização da força ofensiva que o
Vitória de Salvador demonstrou durante todo o campeonato foram fatores
preponderantes para fazer todos entenderem que o título do campeonato não
estava garantido na Toca do Leão.
O período de ascensão tricolor dentro do certame foi também
o período em que o técnico Marquinhos Santos pôde enfim utilizar com
regularidade jogadores importantes no seu esquema de jogo, embora não tenha conseguido repetir escalações. Anderson Talisca
passou a ter como companheiro de meia o jogador Max Biancucchi como mais um cérebro pensante no meio de campo. A
chegada do lateral Diego Macedo deu qualidade ao lado direito tricolor. Uelliton
fortaleceu a marcação no meio e a defesa passou a estar mais
protegida. Assim, o Bahia venceu o terceiro
BAVI do ano e reverteu a vantagem rubro-negra na disputa do título.
Como o próprio técnico Marquinhos Santos definiu, o tricolor
foi construindo a sua conquista jogo a jogo.
Todos olhavam o Vitória e suas vistosas goleadas dentro da competição,
mas esqueciam de perceber que a evolução tricolor poderia resultar em algo
maior. Logo, ver o Bahia colocar o Vitória “na roda” foi estranho à maior parte
da imprensa e da torcida de Canabrava.
Costumo dizer que um grande time é aquele que cresce nos momentos
decisivos. E foi isso que o Bahia fez nas últimas partidas do Campeonato
Baiano. É inegável que o tricolor lutou bravamente por essa taça. O tricolor
venceu e merecidamente a competição estadual de 2014. E mais, deu indícios de
que pode continuar a evoluir muito mais no ano, desde que se reforce
adequadamente para o Campeonato Brasileiro. Não é um time dos sonhos, isso está
muito claro na cabeça dos torcedores, mas um time de jogadores aguerridos e
identificados com o clube.
Parabéns ao Esporte Clube Bahia. Se ainda não chegou ao patamar
que o torcedor deseja, pelo menos encarnou o espírito tricolor, que há muito
não se via. Sinal de evolução e de esperança por dias melhores. Vamos continuar
seguindo, na quinta-feira já tem Copa do Brasil e domingo Campeonato
Brasileiro. Que o tricolor possa continuar encarnando esse espírito aguerrido e
que essa força se reflita nos resultados em campo. Avante Esquadrão.
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