O Blog da Galera Tricolor

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Arena de primeira, tratatamento de terceira

Arena segue desrespeitando o torcedor

Que a Arena Fonte Nova é um estádio de primeiro mundo, digno da grandeza do torcedor baiano, é fato indiscutível. No entanto, o tratamento que este torcedor tem recebido é o pior possível e contrastante com os altos valores cobrados nas entradas, que não garantem o conforto que o torcedor espera. No início, fui vendo os problemas e deixando o tempo passar. Pensei: “É a falta de experiência, com o tempo as coisas vão melhorar”. Mas após sete meses da inauguração e mais de trinta jogos realizados na praça esportiva, não dá mais para fechar os olhos. Os problemas precisam ser expostos, discutidos e solucionados.

A paciência esgotou no jogo contra o São Paulo. Cerca de 20 minutos antes do início da partida, a fila para compra de ingressos na bilheteria do Setor Norte (Ladeira da Fonte) já havia passado o viaduto do entroncamento da Bonocô e tinha seu final na ladeira de acesso ao Dique do Tororó. O tempo de espera chegou a ser de mais de uma hora para muitos torcedores. Aos 40 minutos do primeiro tempo, a fila ainda era muito cheia e já podiam ser observados muitos torcedores desistindo de entrar no estádio.

Para quem consegue entrar em jogos de grande apelo popular, as dificuldades continuam dentro do estádio. As lanchonetes além de venderem produtos a preços exorbitantes, ainda oferece um quantitativo insuficiente de lanches. Vi um torcedor ficar quase vinte minutos na fila, comprar uma ficha de salgado e quando chegou ao balcão da lanchonete, descobriu que o salgado tinha esgotado. Esse torcedor precisou voltar para o caixa, para trocar a ficha por outra ou desistir do produto. E olhe que a essa altura, o segundo tempo já havia começado. No banheiro, outros problemas: acabam papéis higiênicos, papel toalha, sabonete líquido de mão, enfim... o torcedor não consegue encontrar o conforto. E olhe que funcionários têm bastante para “fiscalizar e cuidar da ordem no espaço”, por todos os lugares.

Outra grande falta de respeito com o torcedor é a limitação da autonomia de escolha do seu lugar na arquibancada. Vejamos: Se o torcedor vai pagar um valor alto no ingresso, tendo como recompensa um “conforto”, por que “cargas d’água” ele não tem o direito de escolher o lugar que deseja sentar para assistir ao jogo? A Arena vende os ingressos por setor, e o torcedor que se desloca para o estádio a fim de comprar seu ingresso antecipadamente, é obrigado a comprar o setor disponibilizado pela Arena, mesmo tendo lugares disponíveis em outros setores.

O torcedor Marcelo, 26 anos, mostrou-se indignado no jogo contra o Náutico: “Nunca gostei de assistir ao jogo nas arquibancadas inferiores muito próximas ao campo. Para mim, a visibilidade é melhor nas arquibancadas superiores. Já que vou pagar, tenho direito de escolher”.  Essa queixa é freqüente nas filas da Arena Fonte Nova. Outro torcedor se queixou no jogo contra o São Paulo: “A Arena não está preparada para vender um volume maior de ingressos para torcedores que decidem vir ao estádio no dia do jogo, as filas são sempre demoradas e as bilheterias são poucas” (Lucas, 34 anos, jogo contra o São Paulo).


Enquanto a administração da Arena não dá importância às queixas dos seus clientes, o péssimo tratamento segue acontecendo e, a cada rodada o estádio vai esvaziando. A tendência é piorar, se o tratamento não melhorar. Hoje, a Arena Fonte Nova ainda é novidade para muita gente. E o novo encanta, mas com o tempo, o mal tratado desiste. Espero que a diretoria do Esporte Clube Bahia fique bem atenta a essas questões.

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