René Simões: Foi tarde

René fora do Bahia

Simplificando o que é bem descomplicado, enfatizo com letras garrafais: RENÉ SIMÕES FOI TARDE. E me desculpem aqueles que defenderam o treinador, mas, sinceramente, não dava mais para continuar. Com René Simões, o Esporte Clube Bahia conseguiu alcançar um dos seus piores aproveitamentos em competições nos últimos anos. Talvez a torcida do Bahia nunca tenha ficado tanto tempo esperando por triunfos.

Desde que comecei a trabalhar profissionalmente, na área que atuo, percebi que o profissional é julgado pelos resultados que alcança. A própria dinâmica contemporânea da organização do trabalho exige isso: administração por metas. Quem não bate a meta, está fora. E quem não tem meta, nem entra no mercado de trabalho. Assim também é a dinâmica dos recursos humanos, quando nas entrevistas coletivas salientam os objetivos dos candidatos dentro do cargo pretendido.

René Simões preferiu trabalhar sem metas. Ninguém sabia, por exemplo, qual era o verdadeiro objetivo do treinador dentro da competição. Ora, o Bahia empatava e tudo que o treinador dizia era: "poderíamos ter um resultado melhor". Mas o problema é que isso não soma pontos e nem garante boa colocação. O que o Bahia buscava dentro da série A? Era mesmo evitar o rebaixamento? Ou havia algo maior que isso?

O problema é ainda maior, quando se descobre que além de não ter metas, o profissional tem um desempenho ruim dentro da sua proposta de trabalho. E assim foi René Simões... apenas quatro triunfos em vinte jogos. Muito pouco para quem pensa no mínimo em se manter na primeira divisão. 

Eu não sei porque tanto medo de mandar treinador embora. Vejamos o São Paulo, hoje o quinto colocado do Brasileirão. Teve a coragem de mandar embora o seu treinador, quando o tricolor paulista estava em quarto lugar. Bastou três ou quatro tropeços para a diretoria se movimentar. Mas por quê? DESEMPENHO. 

Me entristece o fato de saber que o Bahia não irá recuperar os pontos perdidos. Dói saber que seus concorrentes provavelmente não irão vacilar contra o fraco América-MG, o mesmo time que o Bahia tropeçou duas vezes. Aliás, tudo dói hoje ao ver o tricolor baiano apenas na 16ª colocação, na iminência de uma luta difícil para não ser rebaixado.

Espero que a diretoria seja mais atenta daqui para frente e não espere tanto para verificar os erros. Precisamos urgente de laterais, um meia que possa fazer sombra à Carlos Alberto e Ricardinho e um belo atacante, um verdadeiro goleador que não perca tantos gols como o Bahia vem perdendo.

Sem mais, espero melhoras, enquanto é tempo!