SEM TÍTULO

Somente nessas circunstâncias para falar do Vitorinha da Bahia neste blog totalmente tricolor. Ontem, li a manchete de uma matéria que trazia a seguinte frase: “Vitória: amanhã é esquecimento ou glória”. Essa frase objetiva tem um peso além do que parece. Ela define uma trajetória que pode ser de glória ou não.

Em 111 anos de história do rival do Bahia, carinhosa e merecidamente chamado de Vicetória pela torcida tricolor, dois foram os momentos em que esse clube conheceu o sabor de ser destaque nacional. Mais especificamente, dois foram os momentos em que o Vitória teve a oportunidade de disputar um título a nível nacional. Pois bem, desperdiçou as duas oportunidades e justificou o seu apelido carinhoso.

Ai é que aproveito a oportunidade de demonstrar o peso da frase “Vitória... esquecimento ou glória”. Porque entre a glória e o esquecimento, existe um grande “abismo”. Entre esses dois termos está a diferença entre o grande time e o time mediano. Porque boas fases e fases ruins, todos os times experimentam. A diferença está justamente no nível que o time em boa fase é capaz de chegar. O glorioso Esporte Clube Bahia teve dois grandes momentos em 79 anos de história, dois ótimos momentos traduzidos em títulos nacionais. Isso faz do Bahia o melhor time do mundo? Somente nos corações de nós apaixonados tricolores, mas todos sabemos que apesar de ter representado o Brasil na Libertadores, o Bahia nunca conquistou um título internacional. Mas podemos dizer que o tricolor foi o melhor do Brasil em 1959 e 1988. Já o Vitória, este foi para duas decisões sim... mas não traduziu isso em história.

Ai está a diferença. A torcida rubro-negra diz que a torcida do Bahia vive de passado, e  talvez até seja, mas é um passado de GLÓRIA, com letras garrafais. É o Bahêa, que quando voltar a viver mais uma boa fase e chegar a uma decisão de Brasileirão ou Copa do Brasil, estará disputando o seu terceiro título nacional. Isso tem outro significado para todos, para mídia, para a Bahia, enfim.

Hoje, o Vitória é apenas o Vicetória da Bahia e nada mais. Apenas um time de duas dezenas e mais algumas unidades de títulos regionais, e só. Um time de volta a estaca zero. Já o Bahia, mesmo na segunda divisão, será sempre o Bahêeeea. Porque não há a mínima possibilidade de ser “Jahia”, como costuma chamar a torcida do vice. Se algum time do estado da Bahia já ia, esse time é o Vitória, que realmente ia ser campeão nacional, mas não foi.

Deixo aqui as minhas saudações para essa torcida de espírito positivo, que acredita e que não perde nunca a esperança de chegar. Obrigado a todos os rubro-negros, por representar bem a Bahia em um momento onde o Bahêa não está bem. Quando nos recuperarmos e darmos a volta por cima, voltaremos a representar bem o nosso estado e tentaremos mais um título nacional para honrar o esforço de vocês.